Luís Rego, de costas para guerra

Em 1962, Luís Rego foi para França para escapar ao recrutamento militar. Acreditava que a guerra colonial não se podia ganhar e também não esconde que tinha medo de matar e de ser morto.

Apesar da censura e da repressão, as fotografias dos corpos despedaçados pela guerra colonial circulavam entre os estudantes do Liceu Camões, em Lisboa, e Luís Rego recorda como essas imagens tiveram um impacto determinante na sua decisão de rumar a França e fugir à mobilização.

Efeitos humanos e económicos da Guerra Colonial
Veja Também

Efeitos humanos e económicos da Guerra Colonial

Foi já como emigrante que formou uma banda – os “Les Problems” – e até gravaram discos. Em 1966, tiveram um contrato para tocar em Portugal e Luís Rego arriscou fazer a viagem, mas na fronteira foi detido pela PIDE. Ficaria preso durante vários meses.

Mais tarde, de regresso a França, continuou ligado ao mundo artístico como ator e autor.

Luís Rego foi um dos mais de 200 mil portugueses que fugiram à guerra colonial e um dos muitos milhares que emigraram de forma ilegal para França nas décadas de 1960 e 1970.

Nesta reportagem pode acompanhar as declarações e Luís Rego e Miguel Cardina, Historiador da Universidade Coimbra.

Sessenta anos de emigração portuguesa
Veja Também

Sessenta anos de emigração portuguesa

Recordar os mortos da Grande Guerra
Veja Também

Recordar os mortos da Grande Guerra

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Memórias da guerra: Luis Rego
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Ana Luisa Rodrigues/ Rosário Salgueiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2021