Diana: as bruxas não existem
Diana, aos 46 anos, associa o seu trabalho de investigadora e professora universitária ao de terapeuta energética. O mundo espiritual e o da lógica jogam nas mesmas linhas, mas não são avaliados com a mesma compreensão. O menos conhecido e explorado mete medo, o que leva sempre à resistência e mesmo à intolerância.
«No creo en brujas, pero que las hay, las hay». E sempre houve. Bruxas, feiticeiras, curandeiras, enfim, um sem número de rótulos foram ao longo dos séculos colocados a quem fazia uso de conhecimentos alternativos ou que fugiam ao poder das instituições como as igrejas e as academias. Classificações pejorativas para quem os possuía, em especial mulheres com uma relação próxima com a natureza e de grandes capacidades intuitivas. Hoje, são pessoas que trabalham as chamadas terapias alternativas.
Perigosos e charlatães, assim são continuam a ser classificados muitas vezes os que olham o mundo através da manifestação de energias. Uma visão holística do ser humano tem vindo a ganhar terreno, em contraponto, mas também por vezes em coordenação com a ciência que reinou soberana ao longo de todo o século XX. No entanto, a intolerância surge na mesma medida em que se abraçam novos olhares. Mesmo quem se trata através das chamadas práticas alternativas, não fala, geralmente, do assunto. Mantém-se tabu, vergonhoso até, para uma sociedade da era tecnológica.
#SÓQNÃO dá voz aos que sofrem de preconceito. Qualquer que seja: racial, religioso, sexual, físico, mas também profissional, alimentar, moral ou espiritual. Cada protagonista coloca-nos perante o que tem de ultrapassar no dia-a-dia e, assim, cada um vai representar um rótulo, por norma associado a uma ideia socialmente pré-concebida.
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Ficha Técnica
- Título: #SÓQNÃO - temporada 1, episódio 8
- Tipologia: Programa
- Autoria: Joana Martins
- Produção: RTP
- Ano: 2019