Características de magmas e de atividade vulcânica ativa

As ocorrências vulcânicas estão maioritariamente associadas aos limites de placas, convergentes e divergentes, sendo comparativamente reduzidas em ambiente intraplaca. É nos limites convergentes de placas que se concentra a esmagadora maioria dos vulcões ativos emersos. O tipo de atividade vulcânica depende, pois, do contexto tectónico onde tem origem. 

Embora seja nos limites divergentes, ao longo dos riftes, que é extruída a maior quantidade de material magmático, tal ocorre nas profundezas dos oceanos, não sendo facilmente observáveis. É nos limites convergentes/destrutivos que estão situados a maior parte dos vulcões ativos emersos. Os magmas que lhes dão origem estão relacionados com a subducção de uma placa oceânica sob uma outra placa, oceânica ou continental. Assim, os vulcões aparecem paralelamente alinhados com a fossa marinha.  

Neste contexto, o vulcanismo resulta, essencialmente, da fusão por hidratação das rochas em profundidade, originando vulcões sobre a placa que não afundou, com uma disposição paralela à linha de fossa.  

Se a placa não afundada é uma outra placa oceânica, os vulcões formados podem originar conjuntos de ilhas dispostas em arco (arcos insulares), como é o caso do arco de ilhas do arquipélago da Indonésia (Figura 1). 

 Quando a placa não afundada é uma placa continental (margem continental ativa), os magmas resultantes originarão vulcanismo sobreposto à cadeia montanhosa entretanto formada, por deformação da placa continental. Um excelente exemplo disso é a cadeia montanhosa dos Andes (Figura 2), com os seus vários cones vulcânicos. 

No contexto tectónico da subducção, a composição das lavas formadas pode variar entre lavas básicas (basálticas), particularmente aquelas associadas à formação de arcos insulares, originando erupções efusivas, bem como lavas intermédias (andesíticas), principalmente associadas a arcos vulcânicos continentais como o dos Andes (este é, aliás, o motivo pelo qual as lavas se chamam andesíticas), originando erupções com carácter explosivo.  

A atividade vulcânica associada aos limites divergentes/construtivos é intensa e essencialmente de natureza básica (basáltica), com temperatura muito elevada, com origem na fusão de materiais do manto, motivo pelo qual originam erupções efusivas, essencialmente. No entanto, estas manifestações são de difícil observação, dada a sua localização submarina. 

Além do vulcanismo associado aos limites de placas, são ainda relevantes as ocorrências de vulcanismo intraplaca ou de hot spot (=pontos quentes). Quando associados a placas oceânicas, os hot spots podem originar novas ilhas vulcânicas, como é o caso dos arquipélagos do Havai, da Madeira e dos Açores. Neste caso, as lavas derramadas na superfície da litosfera oceânica são maioritariamente de composição básica (basáltica), gerando-se em relação com plumas mantélicas. Estas plumas consistem em colunas ascendentes de material quente e menos denso que os restantes materiais presentes em zonas profundas do manto. Ao atingirem as camadas superiores da Terra, sofrem descompressão e fundem (fusão por descompressão), originando erupções efusivas, com formação de espessos empilhamentos de escoadas de lava. As ilhas formadas estão associadas a aparelhos vulcânicos em forma de escudo. 

Existem, também, vulcões associados a hot spot continentais. O exemplo mais emblemático é o vulcão de Yellowstone, com erupções, ora explosivas, associadas a lavas ácidas (riolíticas), ora efusivas, associadas a lavas básicas (basálticas). 

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Distinguir vulcanismo ativo de inativo