Os desafios são essenciais para o cérebro
É preciso desafiar constantemente o cérebro e mantê-lo equilibrado entre o que é alcançável e o que pode ser frustrante. Para David Eagleman, neurocientista e autor, esta é a fórmula certa para manter um cérebro saudável ao longo da vida.
Um exemplo deste tipo de desafio surgiu durante a pandemia de Covid-19, um momento que, por um lado, obrigou a uma maior atividade cerebral para perceber um mundo novo e encontrar soluções para obstáculos inesperados e, por outro, obrigou-nos a viver com limitações a que não estávamos habituados. O impacto deste período no nosso cérebro foi traumático, mas também estimulante.
As mudanças têm sempre impacto na saúde do cérebro, razão porque David Eagleman diz ser necessário manter o espírito aberto e procurar constantemente novidades, nem que seja encontrar jogos diferentes que lancem desafios cognitivos.
Um dos exemplos que confirmam este tese, segundo Eagleman, é que os doentes de Alzheimer que se mantêm ocupados e procuram constantemente desafios conseguem ter uma vida relativamente normal até muito tarde apesar da progressão da doença. Apesar dos claros sinais da degradação física do cérebro, este parece encontrar formas de criar novas pontes e ligações internas.
É também importante perceber que o cérebro é constituído por elementos que coordenam atividades distintas. A interação social, a capacidade de resolver problemas cognitivos ou físicos são apenas algumas dessas capacidades e que, por serem diferentes, também pedem estímulos diversos.