Quando os ossos são fonte de informação

Eugénia Cunha é bióloga de formação, mas enveredou pela investigação em antropologia forense e vive rodeada de ossos. São eles que lhe fornecem toda a informação de que necessita acerca das vidas que sustentaram em tempos.

O avô de Eugénia Cunha era radiologista e o interesse da neta pelo esqueleto terá começado aí. Constatou cedo que não havia dois esqueletos iguais e a partir daí, as perguntas começaram a suceder-se. Com uma curiosidade científica assumida, toda a informação de que precisa para reconstituir vidas está nos ossos que estuda e é a linguagem deles que descodifica e traduz.

No Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses há trabalhos difíceis, mas Eugénia Cunha não esquece o lema com que vive: “um dia de cada vez”. Seja para identificar alguém enterrado em valas comuns ou estabelecer a causa e circunstância da morte que ninguém sabe, os ossos são a melhor fonte de informação. Eugénia Cunha releva o crânio como o melhor informador de todos.

O grande desafio passa, crê, na criação de bases de dados que permitam que o trabalho de identificação dos esqueletos possa pousar sobre as listagens de pessoas desaparecidas de modo mais eficiente e rápido.

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Ficha Técnica

  • Título: 5 Minutos Com Um Cientista
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e RTP
  • Produção: Panavídeo
  • Ano: 2013