Nascer num ninho de dinossauros e decidir ficar
Octávio Mateus parece um miúdo sorridente quando fala de Paleontologia, área em que faz investigação. Nitidamente feliz com o seu percurso profissional, cita Confúcio: "descobre uma profissão de que gostes e não terás de trabalhar um único dia da tua vida"
Talvez tenha sido por ter nascido num “ninho de dinossauros”, como se refere Octávio Mateus à Lourinhã, terra onde ainda hoje reside e trabalha, que o seu caminho se começou a gizar desde cedo. Aos 4 anos fez a sua primeira saída de campo, aos 7 fez a primeira escavação arqueológica e aos 9 registou a primeira descoberta científica: um dente gigantesco de dinossauro carnívoro.
Para além das aulas que dá na Universidade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, explorar a natureza é a sua actividade preferida e acaba por dizer que, afinal, o seu trabalho é esse mesmo.
Acredita que o grande desafio da Paleontologia no século XXI vai ser a ponte entre a descoberta destes ossos “mortos”, com milhões de anos, e a biologia molecular, no desvendar do mistério de como eram estes animais que já não chegámos a conhecer, mas que fascinam pessoas como Octávio Mateus, que os investiga, e muitas outras, que se interessam pelo tema.