Os chineses em Portugal, uma receita de sucesso

Antes da vaga de chineses que os vistos gold permitiram fazer entrar em Portugal, após 2012, para, sobretudo, avultados investimentos financeiros, Portugal assistiu a duas grandes vagas de imigração chinesa: a primeira, em meados do século XX e a segunda entre os anos 1990 e 2000. Chegaram para se dedicarem ao comércio e à indústria nas áreas do vestuário e do calçado e também à restauração. Mais tarde difundiram os bazares chineses sem os quais os portugueses já não passam.

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As gerações mais velhas são as que mantêm maiores ligações ao país onde nasceram. A língua – o mandarim – é o elo de excelência, tal como a religião, o budismo. A si próprios veem-se como uma comunidade que se entreajuda, o que é particularmente notório no trabalho, a área da vida com que mais se identificam e pela qual são identificados, à qual se dedicam quase a tempo inteiro.

A realidade em pleno século XXI é diferente da de décadas anteriores. As crianças e jovens de origem chinesa que já nasceram fora do país dos seus antepassados têm uma vida distinta. São bilingues e contrariamente a uma ideia feita de que não se misturam com os restantes cidadãos, facto é que casam com portugueses e dão nomes lusos aos filhos, ingressam no ensino superior e integram-se com facilidade no mercado de trabalho.

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