O Canal do Panamá: um atalho entre dois oceanos

Construído pelo americanos, o Canal do Panamá - que liga Atlântico e Pacífico - foi inaugurado em 1914 e é considerado um ponto estratégico em termos mundiais. Durante décadas, foi explorado pelos americanos até que a gestão foi entregue aos panamianos na década de 1970. Nas últimas décadas, o canal tem estado no centro da disputa das principais potências económicas e militares.

Uma das maiores obras de engenharia do mundo, o Canal do Panamá tem um papel essencial no comércio internacional. Com cerca de 77 km de extensão, forma uma passagem que torna viável a travessia marítima entre dois oceanos, e evita que os navios façam a longa e perigosa viagem pelo cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, economizando tempo e dinheiro.

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Um sistema complexo de eclusas consegue levantar os navios até o lago Gatún, uma estrutura artificial criada para facilitar o processo. Este lago fica 26 metros acima do nível do mar e ocupa grande parte do trajeto. A ideia de construir o canal começou com engenheiros franceses em 1880, mas doenças tropicais, como a malária, e problemas técnicos pararam a obra.

Em 1904, os Estados Unidos assumiram o projeto, investiram em medidas de saúde para combater as doenças e conseguiram concluir o canal dez anos depois. Desde então, o Canal do Panamá tornou-se uma rota estratégica, encurtando distâncias e ligando mercados de todo o mundo.

Mais de 14 mil navios passam pelo canal todos os anos, transportando milhões de toneladas de mercadorias. No entanto, não é uma viagem simples:  o tempo médio para atravessar o canal varia entre 20 e 30 horas. Além de ser vital para a economia mundial, o Canal do Panamá é visto como uma das sete maravilhas do mundo moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis.

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Ficha Técnica

  • Título: Retrospetiva do Canal do Panamá
  • Autoria: Márcia Rodrigues
  • Produção: RTP
  • Ano: 2025