Piscinas biológicas ou como tomar banhos sem cloro
Têm nenúfares, juncos e caniços. E sim, é verdade, sapos também. Mas não é motivo para desistir de mergulhar nestes pequenos lagos artificiais. Aqui a vida animal e vegetal está separada da zona dos banhos. O melhor de tudo, é que nestas águas não entram produtos químicos.
À superfície a água parece turva, impressão que se dissolve ao primeiro mergulho. Entrar numa piscina biológica é entrar num jardim subaquático onde plantas e animais seguem o ciclo da natureza, sem recorrer a artificialismos. A vegetação escolhida depura a água, garante uma maior oxigenação através da fotossíntese, enquanto a microfauna trata de eliminar bactérias. A limpeza é natural e eficaz, com a vantagem de não necessitar nunca do cloro usado nas piscinas tradicionais. A manutenção, além de ser mais barata, promove ainda a poupança, porque estas unidades não precisam de ser esvaziadas no fim da estação.
Nadar aqui não é um problema porque o espaço está divido por uma tela a separar a zona de natação da zona verde, para que o sistema se mantenha intocável e para afugentar alguns medos que os banhistas possam ter de ficarem rodeados de bichos. O equipamento é cada vez mais procurado por quem tem preocupações ambientais, e sobretudo por um turismo rural que quer atrair um público ecológico. Portugal é um dos países da Europa com mais piscinas biológicas. O casal alemão Udo e Cláudia Schwarzer anda por cá desde 1995 a construir estes pequenos lagos de nenúfares, juncos e caniços.