A caminho da Terra Nova dos bacalhaus

A história conta-nos que terão sido os vikings os primeiros a chegar à Gronelância e ao nordeste do litoral da América do Norte nos séculos X ou XI. Cerca de trezentos anos depois, estas paragens frias foram redescobertas por novos navegadores. Quem foram eles?

A matéria é controversa, os investigadores dividem-se nos argumentos: uns dizem que marinheiros da Inglaterra sob orientação de um piloto português as haviam avistado antes, outros defendem que a proeza pertence a marinheiros de Portugal. Sabemos no entanto que há um planisfério português anónimo, datado de 1502 e conhecido por “Cantino”, onde estes lugares lendários são cartografados com relativa precisão. Será prova suficiente da presença portuguesa naquelas paragens?

A exploração dos mares despertava o espírito aventureiro dos navegadores portugueses que  se lançavam em expedições para encontrar terra a ocidente e uma passagem para a Ásia. Assim, muitos terão buscado novas rotas nas correntes do norte do atlântico.

No final do século XV, Pêro de Barcelos e João Fernandes Lavrador alcançaram a Gronelândia e os irmãos  Gaspar e Miguel Corte Real chegaram à Terra Nova, muito provavelmente visitada antes pelo seu pai, João Vaz  Corte Real, e por outro navegador, Álvaro Martins Homem. Uma descoberta que poderá explicar as doações que os dois nobres receberam nos Açores.

Nestas viagens, os portugueses não chegaram à Índia mas descobriram águas ricas em pescado que atraíram os pescadores lusos ao noroeste do atlântico. em busca de bacalhau e baleias. No século XVI, a Terra Nova passou a ser conhecida por terra dos bacalhaus. É para lá que viajamos.