A difícil caminhada do soldado Francisco Janeiro

Em 1970, Francisco Janeiro realizava uma operação de desminagem durante a "Operação Nó Górdio", em Moçambique, quando foi apanhado pela explosão de um desses engenhos. Perdeu uma perna, a outra ficou queimada e cegou de um olho.

O soldado Janeiro  viu a sua perna ser amputada e os tratamentos médicos prolongaram-se durante anos, não sem dificuldades, como recorda nesta reportagem. Apesar disso, nunca perdeu o humor e assegura que ter conhecido a mulher com que casou lhe deu o ânimo necessário para continuar a lutar.

Operação de Nó Górdio
Veja Também

Operação de Nó Górdio

Elisa Froufe foi madrinha de guerra de Francisco, e começou a visitá-lo enquanto estava convalescente no hospital. Ao fim de algum tempo, começaram a namorar e, finalmente, casaram.

Francisco Janeiro é membro da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, fundada após a Revolução de 25 de abril de 1974 para dar visibilidade e exigir soluções para um grande grupo de homens que ficaram física e psicologicamente afetados pela guerra.

Para além das cicatrizes visíveis no corpo, julga-se que pelo menos cinquenta mil militares portugueses que lutaram na guerra colonial passaram a sofrer de stress pós-traumático.

Efeitos humanos e económicos da Guerra Colonial
Veja Também

Efeitos humanos e económicos da Guerra Colonial

Nesta reportagem, pode acompanhar as declarações de Francisco Janeiro, ex-militar e deficiente das Forças Armadas; Elisa Froufe, esposa de Francisco Janeiro; Manuel Lopes Dias, presidente de Associação de Deficientes das Forças Armadas e Bruno Sena Martins, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Os anos de poder de Marcello Caetano
Veja Também

Os anos de poder de Marcello Caetano

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Memórias da Guerra: Francisco Janeiro
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Ana Luísa Rodrigues
  • Produção: RTP
  • Ano: 2021