Alice no País das Histórias
A história que levou a outras histórias não era para ser um livro. Escreveu-a com os filhos, para eles pararem de pedir que o fizesse, confessa. Encontraram fonte de inspiração na família, nos acontecimentos reais e quotidianos que os três conheciam e partilhavam. “Rosa, minha irmã Rosa” mudou completamente o percurso de Alice Vieira. Jornalista de formação, dedicou-se a escrever literatura infantil e juvenil. Nos últimos anos acrescentou poesia à extensa e premiada obra. Seguimos a voz da autora a contar episódios da sua vida.
Começou por ver o mundo com as lentes do jornalismo. Talvez por isso ainda hoje invente pouco na ficção. Confia mais no que vê e no que ouve para construir enredos genuínos e credíveis. Factos, acontecimentos, episódios da história dos nossos e de outros tempos, impõem-se à sua escrita literária, descoberta tardia na vida de Alice Vieira.
O primeiro livro nasceu por acaso, a pedido dos filhos e com a ajuda deles. Tinha 35 anos e, de um momento para o outro, viu-se com um êxito inesperado para encaixar na sua vida. Desde então, de 1979 para cá, nunca mais deixou de escrever para crianças e adolescentes. Dezenas de contos, novelas e romances seus atravessam gerações inteiras, com traduções em várias línguas e com prémios a distingui-los. Apesar dos jovens terem hoje hábitos de leitura diferentes, são muitos os que continuam a identificar-se com as personagens destas aventuras e desventuras, tantas vezes escritas, emendadas, recomeçadas. Porque se estes leitores são exigentes, a autora de “Rosa, minha irmã Rosa” não hesita em deitar livros inteiros ao lixo. E começar de novo. Com a vitalidade e a alegria que a caracterizam.
Alice Vieira e as histórias infantis
“A Metamorfose” ou a parábola do homem inseto de Franz Kafka
Guerras do Alecrim e Manjerona
Temas
Ficha Técnica
- Título: Nada Será Como Dante
- Tipologia: Extrato de Magazine Cultural - Reportagem
- Produção: até ao Fim do Mundo
- Ano: 2023
