Alves Redol, a consciência do mundo à volta

Figura cimeira do neorrealismo português, António Alves Redol (1911-1969) é o narrador de histórias dramáticas das classes sem privilégios. Nos seus romances faz ainda análise e crítica social.

Foi na infância que teve em Vila Franca de Xira que o escritor primeiro testemunhou a vida dura das classes desfavorecidas. Gentes da terra e do mar que despertaram no jovem António uma consciência social. Ele próprio, cedo conheceu o valor do trabalho, ora na loja do pai, pequeno comerciante do Ribatejo; ora como emigrante em Luanda de onde regressou por motivos de saúde.

Com textos publicados desde os 15 anos, Alves Redol recomeçou então a colaborar em revistas como “Seara Nova”, “Mundo Literário” e “Vértice”. Organizou conferências e palestras que chamaram a atenção do antigo regime. Por duas vezes foi preso, mas resiste e não desiste de lutar por uma sociedade justa.

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Pioneiro do neorrealismo português,  Alves Redol faz todo um trabalho de campo: ele é o observador que “in loco” recolhe informações, fotografa paisagens rurais e humanas; ferramentas indispensáveis que compõem a sua escrita realista.

Na sua vasta obra literária “Gaibéus”, “Constantino Guardador de Vacas e de Sonhos” e “Barranco de Cegos” são romances incontornáveis. Aqui o temos como narrador da sua história, neste excerto do grande documentário sobre a sua Vida e Obra.

Alves Redol, Vida e Obra – 1.ª parte
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Ficha Técnica

  • Título: Alves Redol, Vida e Obra
  • Tipologia: Extrato de Documentário
  • Produção: RTP
  • Ano: 1991