António Nobre, Poeta Só

Poeta português do século XIX, foi no exílio em Paris que escreveu grande parte da sua obra principal, a única publicada em vida. "Só" é o retrato de António Nobre, um homem assombrado pela morte.

Passa a infância entre Trás-os-Montes e a Póvoa do Varzim e nunca mais volta ser tão feliz como nessas paisagens provincianas que recordará durante toda a vida. António Nobre (1867-1900) foi um homem singular; combinava elegância com extravagância, o seu aspeto era único e os que o viam chamavam-lhe “a criatura nova”, talvez um sinal do modernismo que já espreitava Portugal nesse final de século.

Orpheu e o início do Modernismo em Portugal
Veja Também

Orpheu e o início do Modernismo em Portugal

Em Coimbra participa em revistas como “Boémia Nova”, esta fundada pelo amigo Alberto Oliveira. Porém, com dois chumbos consecutivos no curso de Direito, depressa troca a cidade dos doutores pelo exílio em Paris. Na capital francesa faz Ciências Políticas na Sorbonne e aprende mais sobre a dor humana. Sozinho e sem dinheiro, sente-se desterrado.

Por esta altura nasce o autor do livro mais triste que há em Portugal, como confessa. “Só” é feito de poemas amargos, de uma tristeza que espelha o homem doente que o poeta já desconfiava ser, um homem sem esperança, amargurado, afogado no tédio.

Nos últimos anos de vida faz várias viagens para recuperar a saúde. Por fim regressa à sua “pátria dos Lusíadas” para morrer na cidade onde nascera, no Porto. Mais tarde outros livros seus são publicados: “Despedidas” e “Primeiros Versos”, toda uma poesia marcada pelo Simbolismo francês.

António Nobre: a dimensão da prosa na poesia
Veja Também

António Nobre: a dimensão da prosa na poesia

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Nome de Rua - António Nobre
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: Nunes Forte
  • Produção: Videofono
  • Ano: 1991