“Castro”: o amor trágico de Pedro e Inês em cinco atos

Pedro e Inês inspiraram a primeira tragédia clássica na literatura portuguesa. António Ferreira, autor renascentista, escreveu em verso este drama familiar, de um rei, do seu filho e da fidalga galega, amante dele. O texto lírico, com quase quinhentos anos, pode ser arcaico, mas as emoções que reproduz são humanas e de todos os tempos. Por isso as personagens continuam vivas. Desta vez com encenação de Nuno Cardoso.

Não existe paixão como a de Pedro e Inês na iconografia portuguesa. O amor impossível, contrariado e condenado pelo rei D. Afonso IV, apoderou-se do imaginário popular e eternizou-se. Não é de estranhar que este romance histórico tenha passado o teste do tempo. Com as suas doses de violência, ódio e luta pelo poder, parecia ter sido escrito por um autor das clássicas tragédias gregas. 

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Há quase quinhentos anos, António Ferreira, poeta e dramaturgo, discípulo de Franscisco Sá de Miranda, fazia a primeira dramatização do episódio histórico. O seu texto “mui sentido e elegante” como ficou descrito no frontispício da edição original, também havia de ficar para a história como um clássico do teatro português. Nessas palavras líricas, arcaicas e dramáticas de a “Castro”, o encenador Nuno Cardoso encontra o fio da nossa identidade. No passado e no presente. 

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Ficha Técnica

  • Título: Nada Será Como Dante
  • Tipologia: Extrato de Magazine Cultural - Reportagem
  • Produção: até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2020