Como combater plantas invasoras
São uma ameaça ao bem estar económico e social, afetam os ecossistemas e Portugal está recheado delas. Com a investigadora Hélia Marchante, vamos descobrir como defender-nos das plantas invasoras.
Desde logo convém desmitificar: nem todas as espécies exóticas são invasoras. Além de virem de outras paragens e conseguirem multiplicar-se sozinhas, para serem consideradas más, é preciso que essas plantas tenham a capacidade de se espalhar pelo território. Em Portugal continental, cerca de 20% das espécies são exóticas e nas ilhas o valor chega a ser mais de metade. Na verdade estão por todo o lado e além de provocarem alterações na paisagem, podem afetar de forma grave a biodiversidade nativa e provocar danos económicos e sociais.
São múltiplas as ONG’s (Organizações Não Governamentais) que se dedicam ao problema e contam com o trabalho de biólogos e investigadores como Hélia Marchante, ao serviço do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. O controlo de plantas invasoras exige a seleção dos métodos mais adequados para cada espécie e situação e a sua correta aplicação. Os métodos disponíveis são variados: físicos, químicos ou mesmo biológicos.
Os perigos que representam as plantas invasoras são múltiplos: quando invadem áreas agrícolas, florestais ou piscícolas, causando danos económicos. Muitas vezes são grandes sugadoras de água. Podem afetar a saúde, quando tóxicas ou potenciadoras de pragas. Têm um forte potencial para desequilibrarem ecossistemas, ao alterarem regimes de fogo e de cadeias alimentares, competindo com espécies nativas e alterando ciclos como o do carbono e do azoto.