Conhecer Emily Dickinson nos poemas que escreveu
Educada na exigente tradição puritana, Emily Dickinson isolou-se nas palavras. Tormentos, fantasias e visões confidenciados a bocados de papel. Um segredo de dois mil poemas guardado até à morte e que dela fez uma das maiores poetas da língua inglesa.
Tão isolada do mundo como a vila de Amherst onde nasceu, em 1830, na região do Massachusetts, Emily Dickinson desenvolveu uma relação mística com Deus e com a vida que traduziu em pensamentos e poemas.
Na casa paterna, onde viveu sempre, cuidava das tarefas domésticas e do jardim, trabalhos que a sociedade reservava às mulheres daqueles tempos. As limitações da educação puritana exercida por um pai autoritário e os desgostos na experiência do amor, levaram-na a isolar-se. O quarto era o refúgio particular, onde a sua alma sensível fantasiava livre e intensamente, em êxtase profundo.
Escrevia pensamentos, frases, versos. Dialogava com a natureza e com Deus, em que acreditava e desacreditava a seguir. Numa linguagem experimental falava da morte e da eternidade. Quando fez 30 anos afastou-se de tudo e de todos e, como uma monja, passou a vestir-se de branco. Quando morreu, em 1886, ninguém a conhecia: só tinham sido publicados meia dúzia de poemas seus, alterados pelo editor e anónimos.
A grande descoberta de Emily Dickinson aconteceu no início do século XX, pelos modernistas que a entenderam como a maior poeta da língua inglesa. Da sua poesia fala nesta peça a escritora Ana Luísa Amaral.
Temas
Ficha Técnica
- Título: Ler +. Ler Melhor - Emily Dickinson
- Tipologia: Extrato de Magazine Cultural
- Produção: Filbox produções
- Ano: 2013