Hidrogénio, um futuro de energia verde
Neste tempo, em que urge parar de queimar os fósseis e avançar para a satisfação das nossas necessidades energéticas a partir das fontes renováveis, o hidrogénio surge como uma das grandes soluções. Abundante e versátil no uso e no armazenamento, é por si mesmo uma bandeira verde para o planeta.
O hidrogénio pode ser produzido a partir de eletricidade e ser depois injetado nas redes de gás natural ou armazenado em reservatórios. Pode também ser conseguido nas estações de tratamento de águas residuais a partir da eletrólise dos efluentes e ainda produzido através da metanação, em centrais térmicas ou cimenteiras, através da gaseificação da biomassa. Além disso, serve para a produção de combustíveis sintéticos ou simplesmente para armazenar o excedente alcançado nas fontes intermitentes de energias renováveis.
Para se ter uma ideia de como é abundante, o hidrogénio está em toda a parte, das estrelas ao corpo humano. É o terceiro elemento mais presente no planeta e, como explica Paulo Brito, professor e investigador no Instituto Politécnico de Portalegre, onde este episódio do Hora Agir foi gravado, as caraterísticas deste gás permitem um sem número de usos e é por isso uma das grandes opções com vista à descarbonização do planeta.
Não é nova, na história da indústria, a utilização do hidrogénio, mas em plena era da transição energética, a sua utilização volta a ser opção, agora numa versão verde, ou seja, com base na transformação a partir de fontes renováveis. O hidrogénio é verde quando produzido a partir do sol e do vento, que podemos armazenar neste gás de grande densidade energética e que pode ter um papel decisivo na substituição do gás natural, que é o último dos combustíveis fósseis que iremos utilizar.
Ficha Técnica
- Título: Hora de Agir - Politécnico de Portalegre sobre o hidrogénio verde, episódio 14
- Tipologia: Extrato de Programa
- Autoria: Fórum da Energia e Clima
- Ano: 2022