Namorar e casar à distância

António e Maria Luísa conheceram-se por correspondência e casaram um com o outro, em continentes diferentes. No período da Guerra Colonial, não foi anormal que namoros e casamentos acontecessem à distância.

António Catarino combatia em Angola quando se começou a corresponder com Maria Luísa, que estava em Portugal. Quando escreveu as primeiras cartas, ele era um afilhado e ela uma madrinha de guerra, uma figura criada no início das guerras em África para dar conforto moral às tropas através da correspondência, mas o tempo acabou por aproximá-los.

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A simples troca de correspondência transformou-se em namoro e depois em casamento. De um lado para o outro cruzaram-se mais de 600 cartas e dezenas de fotografias, mas o encontro físico entre ambos só aconteceu três meses depois do casamento, que se realizou por procuração, pois continuavam separados por milhares de quilómetros.

Durante as guerras que tiveram lugar nas antigas colónias portuguesas – entre 1961 e 1974 – foi comum o namoro entre madrinhas e afilhados de guerra, e também a oficialização de casamentos à distância e através de procuração.

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Ficha Técnica

  • Título: Casamentos por procuração
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Ana Luísa Alves/ Joana Gonçalves Almeida/ Joana Melo
  • Produção: RTP
  • Ano: 2024