No semáforo também se aprende

O projeto chama-se "No semáforo se aprende" e pretende reabrir as portas da escola a jovens e crianças que, em Moçambique, andam pelas ruas da capital, Maputo, a ganhar a vida com trabalhos ou expedientes de ocasião. Alguns dias por semana, professores de várias disciplinas deslocam-se aos cruzamentos, semáforos e outros locais para lhes ensinarem matemática ou português.

Em Moçambique, há mais de dois milhões de crianças em idade escolar que abandonaram os estudos ou nunca foram à escola. Foi para tentar contrariar esta realidade que o Colégio Global concebeu a ideia de colocar professores nos locais onde eles trabalham, na tentativa de os voltar a captar para os estudos.

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Uma parede, um portão, ou uma placa de madeira servem de quadro. Já os alunos, sentam-se no chão ou em cadeiras portáteis, e tentam seguir as indicações dos professores entre os habituais barulhos do trânsito e confusão das ruas. Um dos objetivos é também fazer estes alunos voltarem às salas de aula de modo a retomarem o ensino normal.

Para a instituição que lançou o projeto, o Colégio Global, esta é uma forma de preencher uma lacuna importante na sociedade moçambicana. A ideia partiu da professora Catarina Sive que, perante a dimensão do problema, sabe que o impacto da iniciativa pode ser reduzido. Mesmo assim, acredita que outros estabelecimentos de ensino podem replicar a ideia, não só na rua como em mercados ou noutros locais onde se concentram jovens e crianças não escolarizados.

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Ficha Técnica

  • Título: Aprender no Semáforo
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Pedro Martins/ Gabriel dos Santos
  • Produção: RTP
  • Ano: 2023