Planeta A

Qual a melhor escola para a vida?

Durante séculos lutou-se pela democratização do ensino e a escola pública tornou-se, ela própria, num dos pilares da democracia. Hoje, a revolução que se impõe é pela personalização da aprendizagem. A equação que passa por Ensinar, Decorar, Debitar e Esquecer, não só não responde aos desafios de um mundo em constante mudança, como não entusiasma alunos ou professores.

O ensino, no século XXI, continua a seguir, maioritariamente, os métodos e os pressupostos pensados para levar a cabo campanhas de evangelização religiosa, há mais de 500 anos: aulas expositivas a partir de um púlpito para uma plateia mais ou menos passiva que se limita a reproduzir aquilo que recebe. As consequências negativas do modelo são visíveis: os alunos gostam cada vez menos de assistir às aulas; os jovens sofrem com a pressão das avaliações e dos resultados; a saúde mental nas escolas está a deteriorar-se.

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São muitos os que acham que o ensino moderno não deve apenas preparar os alunos para um emprego para a vida, uma vez que a grande maioria não viverá essa realidade. A solução, defendem alguns especialistas, passa por dotar as crianças e os jovens de competências emocionais que lhes permitam conservar felicidade e resiliência. Alunos felizes, seguros e confiantes serão mais capazes de enfrentar os desafios de um planeta em rápida mudança.

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A Ecole Dynamique, em Paris, é um exemplo de uma “escola democrática” assente num modelo de ensino que permite uma participação mais ativa dos alunos e elimina as restrições das escolas tradicionais. Não há professores, não há aulas, currículos, horários ou calendário de testes. Há sala de música, cinema, ginásio, sala de vídeo jogos, sala de estar e cozinha. Os alunos fazem o que desejam, aprendendo por eles próprios e de acordo com as suas motivações individuais. O pressuposto é a liberdade de autodeterminação.

Visto por alguns como um modelo demasiado controverso e utópico, a verdade é que, em Portugal, algumas escolas públicas aprenderam com o exemplo das escolas democráticas e incutiram uma maior flexibilidade nos seus planos curriculares. O objetivo? Caminhar em direção a um ensino cada vez mais personalizado, onde os alunos desenvolvem autonomia ao aprenderem por eles próprios e segundo os seus interesses, alicerçados na tutoria dos professores e no uso das novas tecnologias.

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Ficha Técnica

  • Título: Planeta A - episódio 7, Educação
  • Tipologia: Documentário
  • Autoria: RTP e Fundação Calouste Gulbenkian
  • Produção: Até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2022