Transição Energética

Pode a Energia Nuclear ser Verde?

A emergência climática torna imperativa uma transição energética rápida e eficiente. É necessário apostar numa produção elétrica menos poluente. Mas haverá uma energia completamente limpa? A questão é lançada pela União Europeia (UE) que se prepara para classificar a nuclear como verde, em pé de igualdade com as energias renováveis.

Para diminuir o consumo de combustíveis fósseis e assim controlar o efeito de estufa, é imprescindível uma maior aposta nas energias verdes. Em particular o petróleo e o carvão, que não só estão a esgotar-se, como a destruírem o ar do planeta, vão dando lugar à energia promovida pelo sol, pelo vento, pela água, entre outros. Mas neste circuito mais limpo há uma fonte energética que continua a ser uma aposta e pode ganhar ainda mais terreno: a nuclear.

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Depois de largos anos a discutir o encerramento de centrais como a de Almaraz, em Espanha, que vê o seu desmantelamento ser prorrogado de forma sistemática, é agora a Comissão Europeia (CE) que avança com a proposta para que a energia nuclear faça parte da taxonomia de produção elétrica “verde”. Atualmente estima-se que signifique mais de 15% da produção elétrica mundial. Portugal não tem qualquer central nuclear e está na dianteira mundial de incorporação de energias renováveis na produção de eletricidade.

O processo nuclear promove uma fonte de eletricidade estável e que não liberta carbono. Os ambientalistas lembram, no entanto, que há problemas colaterais que não podem nem devem ser ignorados: os resíduos radioativos, os elevados custos de construção e manutenção das centrais e o perigo de serem usadas para fins bélicos.

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A energia nuclear – ou atómica – é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de um metal pesado – por norma o urânio ou o plutónio. Tem elevado rendimento e é uma fonte de energia muito concentrada. A descoberta física do processo de fissão nuclear deu-se no final da década de 30 do século XX. De início foi usada para fins militares, nomeadamente a construção de bombas atómicas.

A decisão sobre a energia nuclear urge para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, reduzir as emissões de dióxido de carbono e serem cumpridas as metas para a desaceleração do aquecimento global. Por outro lado, porque as energias renováveis não garantem, pela sua génese, uma produção permanente que sustente as necessidades, o que, em situação de escassez, poderia levar a um aumento do custo da eletricidade.

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Ficha Técnica

  • Título: BIOSFERA: Custo da Transição Energética - Energia Nuclear, temporada 20 - episódio 11
  • Tipologia: Extrato de Programa
  • Produção: Farol de Ideias
  • Ano: 2022