2077 - 10 Segundos Para o Futuro
Que espécie de humanos vamos ser?
Inteligência artificial, nanotecnologia e genética. São conceitos-chave numa era de viragem tecnológica e biológica. Nas próximas décadas vamos assistir à desmaterialização da tecnologia. A qualidade e a esperança média de vida vão aumentar de forma exponencial. Será possível escolher genes para os nossos filhos e criar novas formas de vida.
No início do século XXI, um smartphone tinha mais potência do que os computadores da NASA que levaram o homem à lua, em 1969. Em poucas décadas, é provável que controlaremos os objetos à nossa volta através do pensamento. Os computadores vão deixar as secretárias para se instalarem nos olhos e nas paredes. Os chips estarão integrados em praticamente tudo, transmitindo informação vital.
É unânime a opinião de que a revolução em curso é a maior e mais rápida de todas, com a interceção da genética, da nanotecnologia e da inteligência artificial. A saúde vai sofrer alterações profundas e o envelhecimento será retardado. O objetivo é o que tem sido perseguido ao longo de toda a evolução humana: a imortalidade.
Uma espécie humana aperfeiçoada pode estar, assim, a poucas décadas de distância, longe da aleatoriedade da natureza e determinada pelas escolhas do próprio ser humano. É possível que em meados do século XXI o cérebro tenha alcançado níveis de inteligência nunca antes atingidos e que a escolha da cor dos olhos ou do cabelo do bebé seja prática corrente.
A manipulação genética abre um novo capítulo na criação de vida. Está em aberto a perspetiva de criar em laboratório bactérias úteis e novas espécies híbridas. Por outro lado, a fusão homem/máquina já está em marcha. Mas nenhuma destas possibilidades está isenta de riscos. Que espécie vamos ser num futuro próximo?