Tecnologia versus Humanidade

É um dos grandes desafios em marcha e acelera a cada segundo rumo a um futuro que tentamos prever mas não conseguimos alcançar, tal a quantidade de novas questões que se levantam, quer do ponto de vista da eficácia, quer da moral. Como adotar o conhecimento técnico e científico sem nos deixarmos dominar e substituir por ele? Isto é, de que forma podemos usar a tecnologia como ferramenta, sem perdermos, enquanto humanos, o que nos torna uma espécie única: animais capazes de controlarem o que criam e que se diferenciam de máquinas pela sua capacidade de sentir.

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Que espécie de humanos vamos ser?

A inteligência viva implica sentimentos, memória, linguagem, raciocínio, corporalidade e erros. Nos seres humanos é pressuposta a presença da consciência da sua própria história e natureza. Quanto à inteligência artificial é bastante semelhante, pois falamos de desenvolvimento de sistemas à base de representação de conhecimento e da modelização de raciocínios. Tal como na espécie  humana, também utiliza o raciocínio lógico, a memória e a linguagem, mas falta-lhe um componente que para muitos estudiosos faz toda a diferença – a emoção.

O caminho não tem retorno – a tecnologia é a grande revolução em andamento. A questão maior é se o homem que a cria está ao mesmo tempo a ser capaz de trabalhar a responsabilidade que dela advém em prol do bem da humanidade, pois tudo tem os dois lados: o da luz e do da sombra. É o equilíbrio ou a linha fina que por vezes o quebra que pode levar a grandes catástrofes.

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O medo não pode ser motivo de paralisação dos processos evolutivos, mas, alertam os grandes pensadores contemporâneos, há sempre que ter em conta uma grande consciência quando se julga poder atingir o poder de Deus.