Roberto Ivens, explorador e aventureiro

Nascido em 1850 em Ponta Delgada, nos Açores, filho de pai inglês e mãe portuguesa, Roberto Ivens ingressou na Escola da Marinha aos 11 anos, saindo como oficial. A sua primeira viagem a África, continente pelo qual se iria apaixonar, aconteceu quando tinha 22 anos.

No final do século XIX, várias potências europeias enviaram expedições com objectivos científicos e políticos ao interior do continente africano. Em causa estava também a disputa de direitos para a criação de colónias e a expedição que o tornou famoso tem lugar no momento em que Portugal preparava os argumentos para a Conferência de Berlim, que ditaram as regras para a distribuição dos territórios daquele continente pelos europeus.

A expedição que o levou de Angola a Moçambique reuniu dezenas de pessoas, sendo um grande número deles carregadores. Muitos morreram de doença ao longo dos 14 meses de duração da viagem, tendo sido levantada a certa altura a hipótese de todos terem morrido pois não deram notícias durante quase um ano. Quando finalmente regressou a Lisboa foi recebido como um herói e o livro, publicado posteriormente, foi um sucesso de vendas.

A série documental “À porta da História”  traz para o domínio do grande público 13 portugueses que se destacaram no seu tempo e, através das suas ações ou da sua obra e conquistaram um lugar na galeria de notáveis. São personalidades com percursos inesperados e cheios de curiosidade que, por acasos do destino, deslizaram para uma zona obscura do mediatismo histórico.

Foram notáveis. Fizeram obra. Muitos deixaram seguidores e influenciaram as gerações seguintes, mas são pouco recordados nas efemérides, nas comemorações, nos manuais escolares ou nas páginas de jornais.

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