Um discurso para a guerra

"Para Angola, rapidamente e em força" foi a ideia central do discurso do Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, no dia 13 de abril de 1961. Foi também a resposta aos ataques perpetrados por nacionalistas angolanos nos meses anteriores e, com o envio de tropas que se seguiu, o primeiro passo para a guerra colonial, que alastrou depois a outros territórios.

No mesmo discurso, dando como justificação a situação que se viva em Angola, Salazar assumia também o Ministério da Defesa. Poucos sabiam que esta mudança nas chefias militares se relacionava com a descoberta de uma tentativa de golpe de estado liderada pelo então responsável pelo ministério, o general Botelho Moniz.

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Controlada a  Abrilada, como ficou conhecida a tentativa de golpe que envolvia vários oficiais generais e previa o afastamento tanto de Salazar como de Américo Tomáz, o Presidente da República, o Estado Novo reorganiza-se para enfrentar a ameaça dos independentistas que crescia nas colónias.

Os 13 anos seguintes ficaram marcados por uma guerra que mobilizou milhares de jovens e só terminaria na sequência da Revolução de 25 de abril de 1974.

Nesta reportagem pode ouvir declarações de Carlos Matos Gomes, autor do livro “Guerra Colonial”; de Pedro Aires Oliveira, presidente Instituto História Contemporânea e de Bruno Sena Martins, do Centro Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

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Ficha Técnica

  • Título: Memórias da Guerra Colonial
  • Autoria: Ana Luísa Rodrigues
  • Produção: RTP
  • Ano: 2021