Uma república preocupada com a educação
A implantação da República, em 1910, não introduziu grandes alterações à política económica, mas trouxe importantes mudanças ao sistema educativo, que os republicanos viam como o motor para o desenvolvimento.
Cerca de 75 por cento da população portuguesa era analfabeta em 1910, uma situação que os republicanos viam como um travão ao desenvolvimento do país e que levou à implantação de um programa de construção de escolas em todo o país.
Em termos económicos não se registaram grandes mudanças de rumo e continuou-se a aposta na eletrificação do país mas, se durante a monarquia se construíram centrais de produção locais, agora avança-se com a edificação de estruturas maiores e de âmbito regional.
Assiste-se também ao aparecimento de grandes industriais como Alfredo da Silva, líder do grupo CUF, e de Narciso Ferreira, que se afirmou na indústria têxtil do Vale do Ave. A produção industrial cresceu logo após o final da I Guerra Mundial e os operários conquistaram alguns direitos que até aí não existiam.
A legislação laboral encontra-se, no entanto, ferida de contradições, o que resulta na contestação violenta tanto pelo patronato como pelos operários. Alfredo da Silva, depois de vários atentados à sua vida, exila-se em Paris, enquanto em Portugal se vivem períodos de greves constantes que por diversas vezes terminam com a repressão policial.
Ficha Técnica
- Título: História da Indústria em Portugal - Democracia, autoritarismo, industria controladora
- Tipologia: Extrato de Documentário
- Produção: RTP/ AEP
- Ano: 2000