O despovoamento do interior

Apesar do esforço de muitas autarquias, o interior do país está a ficar despovoado. A falta de oportunidades de emprego leva os jovens a abandonar os locais onde nasceram, acreditando que podem encontrar um futuro melhor. No entanto, há alguns sinais de esperança e exemplos que contrariam este panorama.

Figueira de Castelo Rodrigo é uma vila portuguesa da Beira Interior que chegou a ter 15 mil habitantes, mas neste momento tem apenas seis mil e perdeu parte importante do seu tecido económico nos últimos anos.

A autarquia tem feito investimentos e desenvolveu uma política de incentivos com o objetivo de fixar jovens à terra. Construiu, por exemplo, um novo centro de saúde, contratou médicos, criou um cartão de saúde, e apoia monetariamente tanto os  nascimentos que acontecem no concelho como a aquisição de máquinas agrícolas.

Mesmo com todas estas opções, as dificuldades subsistem e o autarca acredita que só com uma política do governo central, visando especificamente o desenvolvimento do interior, se poderá contrariar esta tendência. Apesar de tudo,  algumas empresas estão a escolher áreas do interior para se instalar, aproveitando, nomeadamente,  os incentivos dados por algumas autarquias e também as facilidades resultantes da construção de novas acessibilidades.

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Ficha Técnica

  • Título: Fronteiras XXI: A desertificação do interior do país
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Pedro Oliveira Pinto
  • Produção: RTP
  • Ano: 2017