O “Mapa Cor-de-Rosa” e o “Ultimato Inglês”

O Mapa Cor-de-Rosa desenhava novas fronteiras no Império africano ligando Angola e Moçambique. Os ingleses, que sonhavam com um caminho-de-ferro ligando a África do Sul ao Egipto, impõem um ultimato aos portugueses: Ou esquecem o mapa ou têm guerra.

Ficou conhecido por “Mapa Cor-de-Rosa” o mapa desenhado por Portugal – e aceite internacionalmente – onde os territórios entre Angola e Moçambique ficariam sob sua administração.

Nesse sentido a coroa portuguesa tinha realizado várias expedições exploratórias à zona, entre elas a conduzida por Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens que fizeram a ligação terrestre entre Angola e Moçambique em 1884.

A pretensão de unir as fronteiras de Angola e Moçambique entrou em choque com as pretensões britânicas que pretendiam ligar o Cairo à África do Sul.

Para obrigar os portugueses a recuar o Governo da rainha Vitória faz um ultimato a Portugal em 1890.

A Inglaterra é a potência dominante da época. Ameaça Portugal com uma guerra caso continuasse com a pretensão de manter o Mapa Cor-de-Rosa.

O rei D. Carlos, coroado recentemente, protesta, mas não pode fazer mais do que recuar.

A população portuguesa também se levanta em protestos e os republicanos aproveitam a situação para mostrar o que chamam a fraqueza da monarquia.

Este vídeo começa com as exéquias à rainha Vitória de Inglaterra e depois refere a sua acção política, nomeadamente, no caso do mapa cor de rosa.

Museu do Tabaco da Maia, em São Miguel
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Ficha Técnica

  • Título: Portugal no Século XX – 1908
  • Tipologia: Extrato de Documentário
  • Autoria: António Ruano
  • Produção: RTP
  • Ano: 1973