Évora, Ebora, Liberalitias Julia
Nas ruas de Évora encontram-se quase vinte séculos de história. Celtas, visigodos, romanos e muçulmanos foram alguns dos povos que deixaram marca nesta cidade-museu, incluída na lista de Património da Humanidade, desde 1986.
Évora é cidade contadora de histórias. As ruas revelam uma monumentalidade construída ao longo de milhares de anos por diferentes civilizações que ali foram chegando desde a antiguidade. Para os celtas foi Ebora, para os romanos Liberalitias Julia. Do período da romanização conserva o Templo de Diana, local de culto ao imperador Augusto, as termas e vestígios da antiga cerca defensiva. Da época visigótica resta a Torre de Sisebuto. Dos muçulmanos guardam-se memórias nos arruamentos labirínticos, nas ruínas do antigo Kasba. Os mouros seriam depois expulsos por esse cavaleiro que é uma lenda e que tem direito a uma praça no coração da cidade: Geraldo Sem Pavor. Foi ele que conquistou e ofereceu Évora ao rei D. Afonso Henriques, integrando-a assim nos reinos de Portugal.
Na época medieval surgem grandes edificações. A Sé Catedral começada no século XIII e terminada no século XIV é uma das mais importantes do país. Mas é quando os reis de Portugal passam a ter ali residência que Évora ganha dimensão verdadeiramente “cosmopolita”. Constroem-se palácios, casas senhoriais, conventos, igrejas. Velhos edifícios são remodelados com azulejos e talha dourada. Em 1559 é fundada a Universidade do Santo Espírito onde ensinaram jesuítas, o que a transforma também num centro de cultura e conhecimento.
Esta cidade, com presença constante da história, é Património da Humanidade desde 1986. Do renascimento ao barroco, o historiador de arte, Fernando António B. Pereira, apresenta os monumentos mais emblemáticos que ficam no centro desta cidade-museu.
Ficha Técnica
- Título: Património Mundial Português
- Produção: Filma e Vê e RTP2
- Ano: 2009