Inovar, em nome de quem mais precisa

A inovação social apresenta uma nova forma de olharmos para o empreendedorismo. Uma realidade económica que considera mais do que apenas a procura do lucro rápido. Pressupõe uma resposta criativa e direcionada a um problema de carácter social, sustentável no tempo e com vista ao progresso.

Na Índia, uma das maiores economias mundiais, cerca de 15 por cento da população vive em situação de pobreza extrema. É onde várias organizações demonstram o poder da inovação social. Projetos que envolvem a redistribuição de materiais urbanos para as zonas rurais, assistência legal para trabalhadores da construção civil ou formação em engenharia solar dada a mulheres – agentes de mudança das suas vidas e das comunidades.

Veja Também

Quando o período chega às meninas pobres

Outro exemplo surge a partir da Alemanha, onde a tecnologia de ponta de drones é colocada ao serviço de populações que vivem em áreas remotas. Foi fundamental na entrega de vacinas para a Covid-19, durante a pandemia, em ilhas do Pacífico.

Nos Países Baixos, a procura por respostas para reduzir a dependência dos transportes no sector alimentar, levou o campo à cidade de Roterdão. Quintas flutuantes permitem agropecuária urbana, associada à produção de leite, num sistema amigo do ambiente.

Veja Também

Cultivar nos telhados das cidades. Utopia ou futuro?

Já a partir de Portugal, percebemos como a inteligência coletiva pode trazer inúmeras ideias novas para o campo da medicina, com forte impacto social. A plataforma Patient Innovation oferece soluções a problemas de saúde. Novidades criadas por doentes e cuidadores informais, disponibilizadas para todo o mundo. Entre múltiplos reconhecimentos, recebeu o prémio das Nações Unidas por ser um exemplo de compromisso para a ação colaborativa.

Explicador

Desenvolvimento e sustentabilidade