Deus Cérebro
Doenças Neurológicas: o grande desafio para a ciência
As doenças neuronais avançam a um ritmo avassalador, ao mesmo tempo que aumenta a esperança de vida. Muito por causa dos estilos de vida que influenciam o cérebro, mas também pelo tanto que efetivamente está por se saber. A ciência é, dizem os especialistas, sobretudo, um reino por descobrir.
A espécie humana tem-se revelado extraordinária em termos de sobrevivência. Mais de 98% das espécies que existiram, já desapareceram. A seleção natural tem programado todos os pormenores da biologia humana ao longo das várias gerações de vida geológica da Terra. Mesmo assim, é enorme a quantidade de patologias e deficiências. Se não descobrirmos para o cérebro aquilo que já descobrimos para os restantes órgãos, vamos viver mais, mas dementes.
Os caminhos para perceber a demência
Sabemos muito de ossos, de sangue, de músculos e de todos os órgãos, mas o cérebro mantém-se como o maior desafio para a ciência e é urgente a descoberta de soluções para as doenças neurológicas. As perturbações do cérebro afetam dois mil milhões de pessoas em todo o mundo. A Doença de Alzheimer é responsável por metade dos casos de demência e prevê-se que duplique até meados do século. Nas crianças, em duas décadas, a ansiedade, bem como as perturbações da linguagem dispararam para níveis assustadores.
Os défices de memória são, sem dúvida, um dos maiores mistérios para a ciência. Doenças do espectro do autismo ou Síndrome de Asperger, por exemplo, têm revelado cérebros hipersensíveis que poderemos vir a classificar de altíssima capacidade e não de deficientes. Não será à toa que proeminentes cientistas, artistas destacados ou grandes empreendedores têm revelado problemas como défice de atenção ou doenças do foro neurológico. São alterações cerebrais que, em boa verdade, ainda não compreendemos.
