Os impactos e os desafios do lixo espacial
Há muito que a poluição saltou da face para a órbita da Terra. À medida que a Humanidade avança pelo espaço, deixa um rasto de lixo. Agora, estuda-se como resolver o problema que se avoluma.
É um dos resultados de seis décadas de exploração espacial: o lixo que orbita a Terra – fragmentos de satélites desativados, partes de foguetões e de naves – é a pegada que os seres humanos deixam no espaço. São como balas a vaguearem no espaço, prontas para a causar danos. Os detritos viajam a velocidades altíssimas e representam uma ameaça séria para satélites, missões espaciais e até para a Estação Espacial Internacional.
A comunidade científica tem desenvolvido várias soluções para este problema que tende a crescer. Entre elas, o uso de redes para “pescar” fragmentos, braços robóticos que possam agarrar objetos e movê-los para uma órbita mais segura, ou ainda o uso de lasers para empurrar pequenos detritos e queimá-los na atmosfera. Outra solução promissora é o desenvolvimento de satélites “limpadores” que funcionem como uma espécie de aspiradores cósmicos, prontos a recolher ou desintegrar pedações de lixo.
Há, no entanto, muitos desafios logísticos e financeiros para que essas tecnologias possam avançar em larga escala. São processos complexos e o volume de detritos é imenso. Além disso, existe o problema de coordenação internacional, já que o lixo espacial não respeita fronteiras. Ainda assim, a necessidade de agir torna-se mais urgente a cada novo lançamento.