“A Grande Arte”, de Rubem Fonseca

Mestre do romance policial, contista exímio, Rubem Fonseca encontra inspiração no quotidiano das grandes cidades brasileiras. O mundo da violência, da maldade e da mesquinhez humanas são escrutinados na sua obra, distinguida com o Prémio Camões, em 2003.

Antes de começar a escrever, conheceu de perto as ruas de uma das cidades mais violentas do mundo, o Rio de Janeiro. Mesmo que por pouco tempo, a profissão de polícia deu-lhe matéria para construir enredos sólidos, com descrições cruas e detalhadas de cenas de violência. Em 1976, treze anos depois da estreia literária com a coletânea de contos “Os Prisioneiros”, o romance “Feliz Ano Novo” era proibido pela censura, que o acusava de fazer a apologia da violência.

Rubem Fonseca, nascido em Minas Gerais, com sangue português de avós transmontanos, apura o estilo em contos reconhecidos pela crítica e numa escrita viva e urbana que pratica nos romances, alguns levados para o cinema com argumentos seus. Aconteceu com o romance de maior sucesso, “A Grande Arte”, publicado pela primeira vez no Brasil em 1983. Este clássico da literatura policial é narrado pelo personagem principal, Mandrake, um advogado criminalista que investiga o assassinato de duas prostitutas, que  gosta de charutos cubanos e se entrega sem pudor aos prazeres sensuais da carne.

“A Grande Arte” é um dos romances da vida do escritor Francisco José Viegas, porque faz “uma deambulação pelos grandes temas da história da literatura: o amor, a morte, a perseguição e a culpa”, como detalhadamente explica na peça. E também como esta leitura de Rubem Fonseca, autor distinguido em 2003 com o Prémio Camões, mudou a sua forma de escrever.

 

 

 

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Ficha Técnica

  • Título: Ler+ ler melhor - "A Grande Arte", livro da vida de Francisco José Viegas
  • Tipologia: Extrato de Magazine Cultural
  • Produção: Filbox produções
  • Ano: 2014