“As Ilhas Desconhecidas”, de Raul Brandão

Nos Açores e na Madeira encontra inspiração para um dos mais originais exemplares da escrita de viagem. Raul Brandão traduz a beleza das ilhas num livro editado em 1926. Uma espécie de diário impressionista das paisagens insulares, de que fala nesta peça a professora Maria João Reynaud.

O escritor Raul Brandão parte de Lisboa a 8 de junho de 1924, a bordo do navio São Miguel. Tem 57 anos de idade e uma produção literária diversificada e reveladora de uma sensibilidade estética da palavra. Assim que deixa terra, começa a descrever a vida a bordo do vapor e a paisagem mutante que os mares e os céus oferecem. As notas desta viagem serão publicadas dois anos depois, “quase sem retoques”, como sublinha na apresentação do livro.

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Nesta escrita em direto, repórter do momento, capta a essência das ilhas atlânticas, as cores que predominam nos Açores, a natureza fulgurante e o lado mais sombrio dos ciclones e da caça às baleias. Quando o navio fundeia, descobre mundos isolados, cenário de gentes pobres e humildes, as mesmas que conhece da infância na foz do Douro, onde nasceu filho e neto de pescadores. Em todas as obras, quer sejam romances ou peças de teatro, é um retratista da realidade dura dos simples, evidenciando o seu humanismo, o pendor para uma sociedade justa.

Foi autor de “Húmus”, “Os Pescadores”, “O Gebo e a Sombra” – levado ao cinema por Manoel de Oliveira – , entre tantos outros títulos produzidos em mais de 40 anos de escrita. Nesta peça falamos de  “As Ilhas Desconhecidas”. Uma viagem a Raul Brandão com a professora universitária Maria João Reynaud.

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Ficha Técnica

  • Título: Ler+ ler melhor
  • Tipologia: Extrato de Programa
  • Produção: Filbox produções
  • Ano: 2011