Diários, rotas e memórias de exploradores ultramarinos

É no acervo da Sociedade de Geografia de Lisboa que encontramos as memórias dos grandes exploradores portugueses do território africano. Os registos chamuscados das viagens de Roberto Ivens, os livros de cálculos de Serpa Pinto e os diários de Silva Porto nas incursões pelo interior de Angola e de Moçambique.

É um mundo de aventuras e rotas comerciais que data da segunda metade do século XIX e que ali podemos encontrar. Além das inúmeras coleções etnográficas, fruto de recolhas feitas por militares, comerciantes e religiosos, esta instituição é também a guardiã de uma memória de valor inestimável no que diz respeito aos territórios africanos mais recônditos, só desbravados séculos depois de terem sido alcançados pelos navegadores.

Coube sobretudo a militares fazer as incursões para o interior de Angola e de Moçambique. Os administradores coloniais Roberto Ivens e Serpa Pinto são disso exemplo. O mercador Silva Porto é outro nome a ter em conta: aventurou-se pelas entranhas de Angola, tendo ajudado em vários projetos etnográficos e de cartografia exploradores como David Livingston ou Hermenegildo Capelo, dada a boa relação que criou com as populações locais.

Roberto Ivens, explorador e aventureiro
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De todos esses feitos guarda-se registo na Sociedade de Geografia de Lisboa, nascida em 1875. Surgiu, como outras pela Europa, do ímpeto nacionalista que desencadeou as maiores explorações nos territórios colonizados. Foram cartografados, reconhecidos os grupos culturais autóctones e inventariadas as matérias primas, o que foi decisivo para a definição das fronteiras das possessões africanas entre os vários países europeus.

As guerras de ocupação
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Ficha Técnica

  • Título: Visita Guiada - Sociedade de Geografia de Lisboa - temporada 9, episódio 16
  • Tipologia: Extrato de Programa
  • Autoria: Paula Moura Pinheiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2019