Em busca do bosque perdido

É uma vitória significativa para a biodiversidade e para o resgate dos ecossistemas naturais, o regresso da floresta nativa às serras da Estrela e do Açor. Resultado de um trabalho meticuloso realizado por investigadores da Universidade de Évora que têm dedicado esforços à reintrodução e promoção de espécies autóctones. A recuperação destas florestas não só beneficia a fauna e flora locais, mas também contribui para a estabilidade do solo e a mitigação das alterações climáticas, ao aumentar a capacidade de sequestro de carbono destas áreas.

Explicador

Floresta portuguesa

A Floresta Laurissilva Continental, em particular, está a ganhar terreno. É composta por várias espécies ancestrais que desempenham um papel crucial na formação de um ecossistema resiliente e diversificado. O medronheiro, por exemplo, é conhecido pela sua resistência ao fogo, uma característica vital numa região propensa a incêndios florestais. Já o castanheiro e o carvalho contribuem para a formação de um solo rico em nutrientes, favorecendo o crescimento de outras espécies vegetais e a prosperidade da fauna local.

Este avanço na recuperação da floresta selvagem é um testemunho do impacto positivo que a investigação científica pode ter na conservação ambiental. Os investigadores da Universidade de Évora têm utilizado técnicas inovadoras, mas sempre respeitando os processos naturais e as especificidades das espécies autóctones. Um trabalho que pretende, por um lado, defender estas serras de espécies infestantes e colonizadoras e, por outro, restaurar e proteger os ecossistemas naturais, garantindo um futuro mais sustentável.

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