Escapar da Ucrânia para Viseu
Tetiana Samolova e três filhas, refugiadas ucranianas, escaparam do seu país nas primeiras semanas da guerra através da fronteira para a Polónia. O seu destino foi uma aldeia em Viseu, onde lhes cederam uma casa e onde começaram a reconstruir a vida.
Quando Tetiana Samolova atravessou a pé a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia, em Medika, pretendia encontrar refúgio na Alemanha, mas o encontro com uma equipa de reportagem da RTP fez com que mudasse o destino para Portugal. O facto de uma das filhas ser apaixonada e querer ver o mar também foi um fator importante para a tomada de decisão.
Inicialmente, a família deveria ir para Mafra, mas depois foi direcionada para uma aldeia perto de Viseu, bastante mais longe do mar que tanto queriam ver.
A casa onde vivem foi cedida por um casal e receberam também o apoio de vizinhos que ajudaram a mobilar as várias divisões, ofereceram roupas e alimentos. O princípio das aulas também foi um momento desafiante, especialmente porque as filhas estavam ainda a aprender as primeiras palavras em português.
Apesar da distância, Tetiana e as suas filhas conseguiram mesmo ver o mar, numa viagem que dificilmente irão esquecer.
Nesta reportagem pode ouvir declarações de Tetiana Samolova, refugiada ucraniana; Aya Samolova, refugiada ucraniana filha de Tetiana; Fátima Santos, família de acolhimento; Maria de Lurdes Ferreira, vizinha; Alia Ismail Abdu, refugiada; Luciana Pinheiro, professora do Agrupamento de Escolas Infante Dom Henrique em Viseu; Dinis Saraiva, diretor do Agrupamento de Escolas Infante Dom Henrique, em Viseu; Ana Luísa e Ágata, colegas de escola de Alia.
Ficha Técnica
- Título: Fuga para a Paz
- Autoria: Catarina Cadavez
- Produção: RTP
- Ano: 2022