Florbela Espanca: superlativas emoções
A imensidade do amor cabe num verso de Florbela Espanca. Sentimento absoluto e vital que a impulsiona e lhe condena a existência em desilusões constantes. Na obra composta sobretudo por sonetos, confessa-se esta vida. Que foi e ainda é objeto de culto.
Florbela Espanca viveu uma vida infeliz, de amores atribulados e desgostos violentos, como o suicídio do único irmão. No amor e na Dor – com maiúscula, como por vezes escreve – encontra a inspiração “pura e perfeita” que a fazem única e especial na literatura portuguesa do início do século XX.
Na intimidade do verso idealiza sentimentos, confessa mágoas e assume a sua sexualidade num erotismo sem precedentes. No entender do escritor Mário Cláudio, “esta mulher que vivia as emoções de forma superlativa” vai abrir caminho a outras vozes femininas.
Desde o primeiro título – “Livro de Mágoas”- , publicado em 1919, até ao póstumo “Charneca em Flor”, transparece o seu conhecimento dos poetas e escritores portugueses. Nas suas leituras estão António Nobre, Antero de Quental, Teixeira de Pascoaes, Camões, entre tantos outros. Na curta vida que teve (1849-1930) Florbela fez mais de 200 sonetos, “versos de uma fúria inaudita”, como os caracterizou um dia, Jorge de Sena.
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Ficha Técnica
- Título: Ler+ ler melhor - Florbela Espanca
- Tipologia: Extrato de Programa
- Produção: Filbox produções
- Ano: 2011