Ilha Terceira: o reino da diversidade

Em conjunto com São Jorge, Faial, Pico e Graciosa, a Terceira integra o grupo central do arquipélago açoriano, do qual é a segunda ilha mais habitada. Com uma superfície superior a 400 quilómetros quadrados, tem o seu ponto mais alto na Serra de Santa Bárbara, a pouco mais de 1000 metros de altitude, criada numa das grande erupções, há cerca de 25 mil anos.

As caraterísticas geodinâmicas dos Açores dão às ilhas um carácter muito próprio, sobretudo devido ao vulcanismo e à atividade sísmica. A Terceira, com uma história de erupções diversas e complexas é disso mesmo um exemplo perfeito. É nas suas áreas protegidas que podemos encontrar fósseis com milhares de anos, vulcões submarinos – como o Monte Brasil – ou a maior mancha de floresta nativa do arquipélago.

Mancha de floresta Laurissilva, na Ilha Terceira.

A biodiversidade desta ilha assenta na sua assinalável geodiversidade. É a multiplicidade de características geomorfológicas que permite albergar ecossistemas com habitats únicos e espécies endémicas, desde animais cavernícolas, a exemplares ímpares da floresta Laurissilva de maior altitude. A floresta de nuvens da Terceira é a mais húmida de toda a Europa.

Quanto à tipologia vulcânica, dominam os grandes edifícios com caldeira e uma zona de vulcanismo basáltico fissural. Há zonas de domos (montes de lava de forma arredondada), escoadas lávicas que moldam o litoral e um dos locais mais visitados é o Algar do Carvão – uma chaminé com 80 metros de profundidade onde se encontram das mais raras estalagmites e estalactites do mundo, que chegam a ter um metro de comprimento. A Terceira oferece ainda as Furnas do Enxofre, como forma de vulcanismo secundário.

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