Orpheu e o início do Modernismo em Portugal

Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro fizeram uma revista que teve o efeito de um terramoto. Depois da Orpheu nada ficou como dantes na cultura e na literatura portuguesas do século XX. Porquê? Porque um grupo de jovens teve a ousadia da transgressão.

A revista literária não trazia conteúdos compatíveis com a cultura vigente do país conservador, acabado de entrar em ditadura. Nas páginas da Orpheu, poesia e prosa reinventavam-se numa linguagem radical para espantar e incomodar. A publicação do primeiro número, a 24 de março de 1915, provoca escândalo mas esgota em pouco tempo. A “arte avançada” dos jovens vanguardistas impulsionados por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro não passava de “literatura de manicómio”, feita por “imbecis”.

A infinita busca de Fernando Pessoa
Veja Também

A infinita busca de Fernando Pessoa

Mário de Sá-Carneiro: o modernismo e as cartas para Fernando Pessoa
Veja Também

Mário de Sá-Carneiro: o modernismo e as cartas para Fernando Pessoa

Com apenas duas publicações, o terceiro número não sai da tipografia por falta de financiamento. A revista “foi o primeiro grito moderno que se deu em Portugal”, como escreverá mais tarde Almada Negreiros, um dos colaboradores. A primeira geração de modernistas portugueses não foi compreendida na altura mas a sua influência projetou-se em todos os movimentos literários e artísticos que se seguiram no tempo futuro.

O Modernismo
Veja Também

O Modernismo

 

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Literatura Aqui
  • Tipologia: Extrato de Programa - Reportagem
  • Produção: até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2015