Quarenta anos de guerra em Angola
Em Angola a guerra começou no princípio dos anos 60, contra a colonização, e continuou após a independência, entre grupos rivais que não chegaram a um entendimento quanto ao futuro político do país.
A luta armada pela independência do país começou em 4 de fevereiro 1961, com um ataque á prisão da capital que tinha por objetivo libertar presos políticos detidos naquelas instalações. Aconteceram também ataques sangrentos e massacres em quintas e aldeias noutros pontos de Angola.
Encontramos a combater as tropas portuguesas a UNITA (União Nacional pela Libertação Total de Angola), o MPLA (Movimento Popular para Libertação de Angola) e a FNLA (Frente Nacional para a Libertação de Angola). Na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, Portugal concedeu a independência a todas as colónias, com Angola a içar a sua bandeira a 11 de Novembro de 1975, depois da assinatura do Acordo de Alvor.
Os três grupos, que dividiram o país por zonas de influência, entraram em confronto entre si, desencadeando uma guerra civil que se estendeu pelas décadas seguintes. A FNLA abandonou a luta armada mais tarde, mas a UNITA continuou a combater o governo de partido único, liderado pelo MPLA.
A esperança de paz renasceu em 1991 com a assinatura, entre MPLA e UNITA, do Acordo de Bicesse, mas depois das eleições terem dado a vitória ao MPLA de José Eduardo dos Santos, o líder da UNITA, Jonas Savimbi, regressou ao confronto armado.
Em 1994 nova possibilidade de paz com a assinatura do Protocolo de Lusaca, mas a esperança durou pouco tempo.
Os confrontos militares só terminariam em 2002 com a morte, em combate, de Jonas Savimbi.