Seca em Portugal

Sem cair uma gota de água

Cada vez chove menos em Portugal. Em cada ano de seca voltam receios e memórias dos tempos em que as culturas se faziam ao ritmo das estações. Há mesmo antigas aldeias submersas a emergirem de barragens cheias de sede.

A caminho do fim do inverno, antevê-se como forte a probabilidade de 2022 ser um dos anos mais secos em Portugal. Em fevereiro, todo o país regista um regime de seca severa ou extrema. Dizem os especialistas que é a evidência das alterações climáticas.

Nas barragens foi dada ordem de paragem à produção de eletricidade. Nos rios não há barcos, porque não há peixe, porque não há água. Dos leitos, onde apenas se vê terra rasgada, ressurgem aldeias fantasma, submersas há décadas pela construção de barragens.

Nos campos perderam-se as culturas de inverno e as do resto do ano estão comprometidas. O gado bebe água transportada de cisternas, porque os poços secaram, e não há pasto que os alimente. Os mais novos temem pelo futuro. Os mais velhos diagnosticam um planeta doente.

À espera da chuva
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Entre 2000 e 2021 Portugal teve 11 anos de precipitação abaixo da média. Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mostram uma tendência crescente para a falta de chuva. 2022 regista o sexto mês de janeiro mais seco desde 1931.

Apontamentos sobre a seca de 2005
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Ficha Técnica

  • Título: Telejornal - 05/02/2022
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Filipe Canhoto Ribeiro / Carlos Pinota / Joana Melo
  • Produção: RTP
  • Ano: 2022