Distinguir recurso, reserva e jazigo, tendo em conta aspetos de natureza geológica e económica

1 – Quanto ao seu tempo de formação: 

1.  Recursos renováveis – aqueles que apresentam taxa de formação elevada, permitindo a sua utilização permanente pelo Homem (exemplo: água)
2. Recursos não renováveis – aqueles cuja taxa de formação é tão lente que não permite a sua utilização de forma permanente pelo Homem, podendo esgotar-se (exemplo: petróleo).

2 – Quanto à sua natureza: 

1. Recursos biológicos, onde se incluem os recursos florestais, recursos piscícolas, entre outros.
2. Recursos energéticos, onde se incluem fontes de energia eólica, solar e hídrica, entre outras.
3. Recursos hídricos, onde se incluem os reservatórios de água superficial como os rios, lagos, mares e oceanos, bem como os aquíferos (águas subterrâneas).
4. Recursos pedológicos, que correspondem aos diferentes tipos de solos, com importância fundamental para a produção agro-florestal, entre outras utilizações.
5. Recursos geológicos, onde se incluem os recursos minerais (metálicos e não metálicos), as fontes de energia (geotérmica e nuclear, essencialmente), bem como os recursos hidrogeológicos (águas subterrâneas com características específicas, como as águas termais e as águas minerais naturais).

De uma forma geral, os recursos naturais não têm uma distribuição homogénea na Terra. Mas esta situação é particularmente importante no que respeita aos recursos minerais metálicos (aqueles dos quais se extrai o seu conteúdo metálico, tal como o cobre e o ouro). 

Às concentrações anormalmente elevadas de substâncias minerais úteis, no seio de formações inúteis ou estéreis, em quantidades e condições tais que tornam possível fazer a sua exploração, dá-se a designação de jazigos minerais. As substâncias minerais úteis e exploráveis designam-se por minérios(1), enquanto a parte inútil se designa por ganga ou estéril. 

Assim, nem todas as rochas têm o mesmo potencial em termos de recursos naturais. Por exemplo, a ocorrência de concentrações primárias de ouro está limitada a certas rochas (magmáticas ácidas, essencialmente), o que condiciona desde logo a sua distribuição na litosfera. A formação de jazigos minerais depende, pois, dos processos geológicos diferenciadores que lhes deram origem. 

Um recurso é toda a concentração de um material natural (sólido, líquido, ou gasoso) que pode ser agora ou que pode potencialmente vir a ser extraído com lucro. Corresponde a massas de mineral que não são exploráveis nas condições tecnológicas e/ou económicas atuais, mas que podem vir a sê-lo no futuro, caso aquelas condições se alterem favoravelmente. 

Uma reserva corresponde à porção do recurso que está identificada e disponível para ser extraída com lucro, nas condições (tecnológicas, económicas e legais) existentes no momento, isto é, corresponde à parte rentável do recurso. 

Por exemplo, as elevadas concentrações de vários metais nos fundos oceânicos são conhecidas há bastante tempo, mas as limitações tecnológicas têm impedido a sua extração. Por outro lado, as condicionantes económicas são determinantes para a exploração dos recursos. A recente baixa acentuada do valor do petróleo nos mercados internacionais, levou as empresas produtoras a parar a sua extração. 

Pode-se dizer, então, que um recurso corresponde à soma das reservas mais a parte conhecida e desconhecida (mas provável) desse recurso, sendo a sua distinção feita com base em fatores geológicos, económicos e legais. 

(1) É um mineral ou um agregado de minerais mais ou menos misturados com ganga, que pode ser explorado com lucro (exemplo: a calcopirite é o minério de cobre). 

Explicador

Explicar texturas e composições mineralógicas de rochas metamórficas com base nas suas condições de génese.