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Diversidade dos processos de reprodução e ciclos de vida

Diversidade dos processos de reprodução e ciclos de vida

Uma das características vitais dos seres vivos é a sua capacidade de reprodução. Os organismos com reprodução sexuada podem objetivar uma série de processos específicos que integram os respetivos ciclos de vida (conjunto de acontecimentos por que passa um indivíduo desde a sua formação ao aparecimento de outro semelhante).

Nos ciclos de vida de todos os seres vivos há aspetos comuns que explicam a variabilidade, sobrevivência e crescimento das populações. A principal diferença entre os ciclos de vida está no momento de ocorrência da meiose 

  • pré-gamética (na formação dos gâmetas),  
  • pré-espórica (na formação dos esporos) e  
  • pós-zigótica (logo após a formação do ovo ou zigoto).  

A meiose, qualquer que seja o momento em que ocorre, possibilita a formação de células haploides, contribuindo para a diversidade da espécie. A ocorrência de fecundação (fusão de gâmetas) permite a reposição da ploidia no ciclo celular, objetivando, igualmente, a variabilidade da espécie. O ovo ou zigoto, célula resultante, é a primeira célula de todo e qualquer ser vivo que se reproduza sexuadamente e é sempre diploide.  

A presença de células reprodutoras (estruturas especializadas, sempre com n cromossomas – haploides) é também uma evidência comum a todos os ciclos de vida; no entanto, essas células podem ser gâmetas (em todos os ciclos) ou esporos (apenas nalguns ciclos).  

Não obstante poderem ter durações e desenvolvimentos diferenciados nos ciclos de vida, as fases nucleares (fase haploide ou haplofase e fase diploide ou diplofase) alternam-se sempre. Ocorre uma fase haploide que, no mínimo, se restringe aos gâmetas, e uma fase diploide que, na pior das hipóteses, está apenas representada pelo ovo ou zigoto.  

Esta alternância efetiva-se graças à ocorrência da fecundação (que objetiva a passagem da haplofase para a diplofase, duplicando a ploidia) e da meiose (que permite a passagem da diplofase para a haplofase). A meiose e a fecundação são, pois, dois processos complementares na reprodução sexuada. 

O desenvolvimento progressivo da diplofase e progressiva redução da haplofase resulta numa maior diversidade genética, possibilitando uma melhor e maior capacidade de adaptação dos indivíduos às variações do meio ambiente, permitindo a sua evolução. 

A ocorrência alternada dos fenómenos de meiose e de fecundação, nem determinado ciclo de vida, permite garantir a manutenção, para cada espécie, de geração em geração, e nos organismos com reprodução sexuada, a ploidia. 

O ser humano, através das suas atividades, pode interferir na conservação e evolução das espécies, podendo provocar impactes em qualquer uma das fases do ciclo de vida de um organismo. 

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Em resumo:

  • Os ciclos de vida diferem uns dos outros, principalmente, no momento de ocorrência da meiose.
  • Em todos os ciclos de vida há alternância de fases nucleares devido à ocorrência de fecundação e de meiose, fenómenos complementares na reprodução sexuada.
  • Nos ciclos de vida com predomínio da diplofase poderá objetivar-se uma maior adaptação ao meio, conferindo uma maior vantagem evolutiva

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Diversidade dos processos de reprodução e ciclos de vida
  • Área Pedagógica: Biologia
  • Tipologia: Explicador
  • Autoria: Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia - APPBG
  • Ano: 2020
  • Imagem: Foto de Danila Popov no Pexels