O rio Douro

Miguel Torga dizia que o Douro era "um excesso da natureza". Este rio do vinho e das vinhas, que corre por vales apertados e encostas abruptas é para muitos o "grande Canyon" português. Vamos seguir esta corrente.

O rio das paisagens do alto Douro vinhateiro, região classificada pela UNESCO Património da Humanidade, tem início em Espanha, a mais de 2 mil metros de altitude, na serra de Urbión e, entra em Portugal perto de Barca d´Alva. Com um comprimento total de 927 quilómetros, encontra a foz junto às margens das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.

Embora não seja de fácil navegação, já nos tempos da reconquista o Douro era porto marítimo importante e sempre ali se fez tráfico fluvial de produtos. Imagem tradicional disso mesmo são os típicos barcos Rabelo que transportam  o famoso vinho do Porto.

Históricas são também as cheias deste rio. Quase sempre de inverno registam-se grandes inundações sobretudo na zona ribeirinha da cidade invicta. No reinado de D. Manuel II, em 1909, faltou apenas meio metro para as águas tocarem no tabuleiro inferior da ponte D. Luís.

Antes de desaguar no Atlântico, o Douro faz um caminho sinuoso, por vezes perigoso e estreito, com margens ladeadas ora de socalcos abertos pela mão do homem para plantar vinhas, ora de penhascos pontiagudos e vertiginosos sobrevoados por aves de rapina.

Seguimos a história deste rio num vídeo extraído do documentário “Rios de Portugal”, produzido em 1985.

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Ficha Técnica

  • Título: Rios de Portugal
  • Tipologia: Extrato de Documentário
  • Produção: RTP
  • Ano: 1985