O botânico global
Correu meio mundo atrás de plantas e para ajudar o planeta, ensina tudo o que aprende. As expedições e a passagem do conhecimento são as marcas de vida de um dos mais conceituados botânicos do mundo. O cientista Jorge Paiva acredita que um futuro mais responsável está nas mãos dos mais novos.
O trabalho desenvolvido por um dos mais prestigiados investigadores de plantas, Jorge Paiva, está plasmado em cerca de 500 publicações na área do ambiente e nas quase 2000 palestras que juntou às aulas como professor universitário. Pelo mundo, das Galápagos a Moçambique, da Islândia à Amazónia, deu nome a 140 espécies de plantas e foi especialista da secção de História Natural do Museu Britânico.
Este encanto pelo planeta verde chegou na meninice, quando “fugia para a floresta e subia às árvores e por causa da professora de biologia, tirei biologia”. Tão simples como descomplicada é a sua forma de comunicar, o que faz dele um dos mais respeitados comunicadores de ciência no campo da educação ambiental.
Preocupa-o o desenfreamento na destruição das florestas, mas acredita que é das cabeças dos que são agora mais novos que podem sair soluções que até hoje nunca chegaram, apesar de prometidas. A água é a sua outra grande inquietação. O recurso gasto como se não tivesse fim. E quanto ao aquecimento global, vaticina: as plantas até podem aguentar, o homem é que não.