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Estruturas respiratórias

Estruturas respiratórias

Todos os seres vivos necessitam de energia para levar a cabo as várias funções vitais. Um processo de obtenção de energia, comum à maioria dos organismos, é a respiração aeróbia (que exige a presença de oxigénio). É, pois, necessário que os seres possuam estruturas adequadas, não só para abastecerem as células de oxigénio, como também para libertar o dióxido de carbono resultante do metabolismo celular. 

Nos animais de reduzidas dimensões, a razão área/volume é elevada, pelo que a superfície corporal é suficiente para, através, dela, ocorrer a troca de gases. Contudo, com o aumento de tamanho, diminui essa razão e é necessária a existência de estruturas respiratórias especializadas. As superfícies respiratórias são, pois, estruturas através das quais se realizam as trocas gasosas nos seres vivos. 

A comunicação entre a superfície respiratória e as células, na concretização das trocas gasosas, pode efetuar-se por duas vias:  

  1. difusão direta, quando a própria superfície respiratória está em contacto com as células,  
  2. difusão indireta, quando há um fluido especializado no transporte dos gases respiratórios de e para as células. 

A difusão dos gases através das superfícies respiratórias é influenciada por vários fatores, pelo que as superfícies respiratórias devem ter características que facilitem a difusão. Salientam-se as seguintes características comuns:  

  • humidade permanente (que facilita a difusão dos gases);  
  • pequena espessura (são estruturas finas, geralmente, com uma única camada de células);  
  • intensa irrigação sanguínea (estruturas muito vascularizadas por capilares, nos animais com difusão indireta);  
  • grande área de superfície de contacto entre os meios interno e externo. 

Podem considerar-se os seguintes tipos de superfícies respiratórias nos animais:  

  • tegumento,  
  • traqueias,  
  • brânquias e pulmões.  

Nos animais mais simples, como já referido, as trocas gasosas ocorrem diretamente entre o meio e as células, através da superfície corporal – hidra, esponja, medusa, planária, lombriga. Em animais como a minhoca e os anfíbios, o tegumento funciona como superfície respiratória, havendo trocas gasosas com intermédio do sangue (por hematose cutânea) – difusão indireta.  

Nos insetos, os gases difundem diretamente entre a superfície respiratória e as células e o sistema circulatório, que é aberto, não intervém. O ar entra através dos espiráculos e circula no interior das traqueias e traquíolas até às células, onde se efetuam as trocas gasosas.  

Nos animais aquáticos, as superfícies respiratórias são as brânquias, ocorrendo, por isso, hematose branquial. Nos vertebrados terrestres, é nos pulmões que se realizam as trocas gasosas entre o ar dos alvéolos e o sangue e entre este e as células – difusão indireta. 

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Em resumo:

  • As superfícies respiratórias, através das quais ocorrem as trocas gasosas, devem ter uma extensa área, ser finas e húmidas.
  • Há animais, como a minhoca, que utilizam o próprio tegumento como superfície respiratória.
  • Nos animais de maiores dimensões, há especialização das superfícies respiratórias: traqueias nos insetos, branquias nos peixes e pulmões nos mamíferos e aves.
  • A difusão dos gases é direta (as trocas ocorrem diretamente com as células) nos animais mais simples e nos insetos e é indireta nos anelídeos, peixes, anfíbios, aves e mamíferos.

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Estruturas respiratórias
  • Área Pedagógica: Biologia
  • Tipologia: Explicador
  • Autoria: Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia - APPBG
  • Ano: 2020
  • Imagem: Foto de Anna Shvets no Pexels