Laurissilva da Madeira, a floresta que produz água
Vem do Período Terciário esta floresta húmida com características subtropicais que cobre mais de 15 mil hectares da ilha da Madeira. A Laurissilva madeirense é uma densa e rara mancha verde, com muitas espécies exclusivas na flora e na fauna. Toda esta biodiversidade foi reconhecida como Património Mundial Natural, em 1999.
Antiga como os tempos, Laurissilva é nome de floresta mágica, com árvores gigantes e animais que não se encontram em nenhuma outra parte do mundo. Um monumento vivo, de um verde intenso e extenso que assim se conserva durante todo o ano.
Formada a partir de duas palavras do latim, “laurus” e “silva”, Laurissilva quer dizer “floresta de loureiro”. E nesta paisagem encontramos loureiros e mais árvores da família das lauráceas como o til, o vinhático e o barbusano, mas também espécies endémicas como o mocano, o pau branco e o folhado. O pombo trocaz e a freira da dadeira são aves exclusivas deste ecossistema único.
Há 20 milhões de anos a Laurissilva ocupava vastas extensões do sul da Europa e da bacia do Mediterrâneo. Com as glaciações estas primitivas manchas verdes foram desaparecendo do continente europeu. Sobrevive um último reduto na região da Macaronésia que engloba os arquipélagos atlânticos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.
A maior e a mais bem conservada Laurissilva fica nesta portuguesa ilha da Madeira. São 15 mil hectares com mais de 11 milhões de árvores que, em 1992, passaram a Reserva Biogenética pelo Conselho Europeu e, sete anos depois, classificada pela UNESCO Património da Humanidade. A investigadora Susana Fontinha, do Centro de Estudos da Macaronésia, conduz-nos numa viagem pela floresta indígena “produtora de água” e “fonte de remédios caseiros”.
Ficha Técnica
- Título: Património Mundial Português
- Tipologia: Documentário
- Produção: Filma e Vê / RTP2
- Ano: 2009