Casas do Futuro: Desmontáveis e Verdes

Num país cheio de sol, o sucesso das energias renováveis tem sido garantido. Mas há muito mais matéria para usar. Cortiça para impermeabilizar ou madeiras muito antigas de velhos edifícios para reciclar e usar em novas construções. Inovação e poupança seguem a par no novo mundo da habitação. Casas projetadas para serem sustentáveis e eficientes em termos energéticos. É este o caminho que ganha cada vez mais seguidores entre os portugueses.

Em simultâneo, surgem resultados já consideráveis das primeiras comunidades de partilha de energia surgidas em Portugal. Cidadãos que se juntam de forma organizada e conseguem colocar o consumidor no centro do sistema energético, como produtor, distribuidor e comercializador de eletricidade. Os edifícios têm aqui um papel fundamental, já que são eles os berçários desta energia que serve, desde logo, para seu próprio consumo.

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Portugal comprometeu-se a cortar 96% das emissões de dióxido de carbono dos edifícios até 2050, como parte fundamental para a meta da sustentabilidade carbónica. É ainda um dos países da Europa onde se passa mais frio dentro de casa, no inverno, e mais calor, no verão. O desconforto, por um lado, e o gasto energético, por outro, são uma preocupação que tem levado arquitetos, engenheiros e comunidades a mobilizarem-se no sentido da mudança.

Os dados que dizem respeito ao ambiente são claros: o sector da construção consome 30 por cento de toda a energia disponível de todos os recursos energético que existem no mundo. A preocupação com a sustentabilidade está na ordem do dia e há uma pressão cada vez maior para que se reduza a pegada de carbono. Dos cerca de 51 mil milhões de toneladas de CO2 que enviamos todos os anos para a atmosfera, mais de 30% vem da produção de coisas novas.

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